Continuação da Lição do 2º Trimestre de 2011.
Para Moisés, vivendo no deserto, ver uma sarça ardente significaria uma coisa. Isso poderia não ser um evento tão marcante; ele provavelmente tivesse visto coisas desse tipo antes. O que ele mais provavelmente nunca tivesse visto antes, porém, foi que a sarça ardente não se consumia: ela continuava queimando e queimando. Naquele momento, Moisés reconheceu que estava tendo uma “grande visão”, algo notável e mesmo sobrenatural.
1. Leia Êxodo 3:1-15. Que elementos fundamentais da verdadeira adoração podem ser vistos nesses versos?
Desde o começo, vemos ali algo da santidade de Deus e a atitude com que precisamos nos aproximar dEle. Foi Deus quem falou a Moisés ordenando-lhe que tirasse as sandálias, pois aquela era terra santa. O Senhor deixou clara a distinção entre Ele, o Senhor, e Moisés, um pecador necessitado de graça. Reverência, admiração e temor são atitudes cruciais para que possamos nos envolver na verdadeira adoração.
Outro ponto importante é a centralidade de Deus nessa experiência. A primeira resposta de Moisés a Deus foi: “Quem sou eu para ir?” O foco estava em si mesmo, suas necessidades, fraquezas e temores. Pouco depois, porém, deixou de olhar para si mesmo e se concentrou em Deus e no que Ele faria. Como é importante que toda a adoração esteja centralizada no Senhor, não em nós mesmos!
Isso leva a outro elemento importante na adoração: salvação e libertação.
O êxodo do Egito simboliza a salvação que alcançamos em Cristo (1Co 10:1-4). Deus não estava aparecendo a Moisés apenas para Se fazer conhecido; Ele desejava que Moisés soubesse da grande obra de libertação que realizaria em favor dos filhos de Israel. Da mesma forma, Jesus não veio a este mundo apenas para representar Deus e nos ajudar a conhecer mais sobre Ele. Não, Jesus veio para morrer por nossos pecados, para dar a vida em resgate, para morrer na cruz a morte que nós merecemos. Através de Sua morte, é claro, conhecemos mais e mais sobre o caráter de Deus. Mas Cristo veio para pagar a penalidade pelos nossos pecados e assim nos dar verdadeira libertação, a salvação simbolizada em parte pelo que o Senhor fez para Israel, ao libertar a nação do Egito.
Quanto tempo você gasta pensando na cruz e na libertação que nos foi dada por meio de Jesus? Ou você gasta mais tempo pensando em coisas que não podem salvá-lo? Que conclusões podemos tirar de sua resposta?
Comentando Êxodo 3:13-15; Observem o pronome pessoal na primeira pessoa do singular, indicando que Deus estava só quando falou a moisés, ou seja era o único Deus presente a falar com o profeta. Neste primeiro momento Deus não diz a Moisés o seu nome que era formado pelo tetagrama YHVH, e como poderemos observar no pequeno estudo logo abaixo não tem nada a ver com o nome Eloim, o qual poderia se aplicado até a homens (Reis, Sacerdotes, Senhores), porque dependendo do texto poderia até significar uma forma plural, deuses. O uso do termo Eloim quando se refere ao Deus Criador YAHVEH, é apenas dando-lhe um titulo, e sabemos que se refere ao nosso Deus pelo contexto onde ele esta inserido; portanto não podemos usa-lo para defender que Deus é uma diversidade na unidade ou seja TRIUNO, como se este fosse realmente o seu nome.
QUAL O NOME DE DEUS?
Na Bíblia, Deus é chamado por vários nomes: ELOHIM (אֱלוֹהִים), que significa “Deus”; ELÔAH (אֱלוֹהַּ), que significa “Deus”; EL(אֵל), que significa “Deus”; ELION (עֶלְיוֹן), que significa “Altíssimo”; SHADAY (שַׁדָּי), que significa “Onipotente”; ADONAY (אֲדוֹנָי), que significa “Senhor” e YAHVEH (יַהְוֶה), que significa “Ele faz existir”.
Este último nome, YAHVEH, é o único nome que é realmente o nome próprio de Deus. Os outros nomes são mais títulos do que nomes propriamente.
Este nome é derivado da forma causativa do verbo hebraico HAVAH (הָוָה), que significa “ser”, ou “existir”.
O nome YAHVEH significa “Ele faz existir”.
O nome YAHVEH aparece muitas vezes no Tanach (Antigo Testamento).
Este nome é considerado o mais sagrado dos nomes de Deus.
No entanto, na maioria das traduções da Bíblia, onde aparece o nome YAHVEH, este nome é substituído pela palavra “Senhor” ou pela palavra “Deus”.
Isto acontece pela seguinte razão:
A partir do século III a.C., os judeus deixaram de pronunciar o nome sagrado de Deus, YAHVEH, porque achavam que seria uma profanação pronunciá-lo, e por isso, ao lerem a Bíblia, onde estava escrito YAHVEH, eles pronunciavam ADONAY, que significa “Senhor”. Por este motivo, quando a Bíblia foi traduzida para o grego, onde aparecia o nome sagrado YAHVEH, eles colocaram KYRIOS, que em grego significa “Senhor”. Posteriormente, ao traduzirem a Bíblia para o latim, onde aparecia o nome sagrado, eles colocaram “Dominus”, que significa “Senhor”, e depois, quando traduziram para o português, colocaram “Senhor”.
Em algumas traduções mais modernas, onde aparece o nome YAHVEH, eles colocaram SENHOR, com todas as letras maiúsculas, para que o leitor saiba que ali a palavra SENHOR está substituindo o nome sagrado de Deus, YAHVEH. E quando no texto original da Bíblia, em hebraico, aparece o nome ADONAY, eles colocam Senhor, com apenas a inicial maiúscula.
O nome YAHVEH, quando adaptado para a língua portuguesa, fica JAVÉ, ou JAEVÉ. Isto porque, em hebraico, o nome é pronunciado YAHVEH ou YAHEVEH, conforme se pronuncie de forma mais rápida ou mais pausada.
Algumas pessoas pronunciam o nome sagrado de Deus como YEHOVAH, e o adaptam para a língua portuguesa como JEOVÁ. No entanto, a pronúncia certa é YAHVEH. Até logo.
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